sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
Curso, Época e Colegas de quarto.
Suely diz...
Entrei na U.R. em 1960 para fazer o curso de magistério rural, na EMERD, Escola de Magistério de Economia Rural Doméstica. Formei-me em 1961 e no início de 1962 cursei Orientação Vocacional promovido pela EMERD. Maria Neusa era a diretora da Escola e duas governantas tomavam conta das alunas: Bebém e Tia Candinha, que o Celso Monnerat, agrônomo da turma de 1961, chamava de Vovó Cambinda. Minha turma era pequena, no máximo 15 alunas com as quais, em sua maioria, hoje, 2009, ainda tenho contato. Minhas colegas de quarto eram Conceição e Cleuza e, ainda no mesmo apartamento, Heloisa e... (não lembro)
E, graças à era da internet, hoje estamos também em contato com antigos amigos de U.R. o que me impulsionou a criar este blog.
E você? Conte aqui.
Obs.: Foto do perfil: Amigos da Década de 70
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Suely escreve...
ResponderExcluirOs universitários da Agronomia e da Veterinária chamavam as meninas da EMERD de patiobas porque o curso era similar ao que havia na fazenda Patioba.
O objetivo final de nosso curso era formar professoras com conhecimentos específicos para não só ministrar aulas às crianças mas também às mães e irmãs mais velhas como: corte e costura, aproveitamento de frutas de épocas para fazer compotas, confecções de colchonetes, arranjos de flores, culinária etc.
Seria um trabalho de extensão, realizado em parceria com um agrônomo, que estaria dando apoio na parte agrícola aos homens do interior.
Suely diz...
ResponderExcluirTemos que lembrar também dos rapazes da Agrotécnica, às margens daquele lago maravilhoso.
Suely diz...
ResponderExcluirTia Hercília tomava conta da escola propriamente dita. Mantinha-a limpa e cuidava do almoxarifado, dos trabalhos manuais, etc.
Era tia de Conceição Rosa, patioba formada em 1970 e que me ajudou no encontro com Adolfo e Ronaldo. A esse encontro estav também a Zilda, nossa colega de turmaque ainda mora no km.
Suely diz...
ResponderExcluirNo início dos anos 60, havia, no fim do ano, uma EXPOSIÇÃO DOS TRABALHOS feitos durante o ano pelas patiobas (da EMERD). Era um evento grande, com muitos visitantes.
O nosso curriculum tinha as matérias normais do curso Normal e mais as matérias específicas para o trabalho no meio rural, objetivo de nosso Curso.
Cito algumas: Psicologia, Pedagogia, Puericultura, Enfermagem, Atividades Agrícolas, Nutrição, Corte e Costura e Trabalhos Manuais.
Os trabalhos manuais eram muito interessantes pois aprendíamos a fazer transformações: uma manilha poderia ser regada a lacre e depois pintada e transformada em uma mesinha de canto ou centro. Aproveitávamos capim e fazíamos colchões. Casulos viravam broches. Ráfia transformava-se em chapéus e bolsas. Trecos caídos de árvores transformavam-se em lindos arranjos de Natal.
Na aula de culinária, aproveitávamos frutas de época para fazer geléias e compotas.
Em Puericultura fomos assistir a partos no ambulatório da Comunidade.
Era um curso cheio de emoções.
Suely diz...
ResponderExcluirUma das matérias de nosso curso era Educação Física. Suzy e eu, não sei se irá lembrar, ficávamos para a final das competições e ela sempre ganhava. Suzy sabia pular barreira de frente como é o certo e eu pulava de lado, quase deitada no ar. É claro que ela ganhava.
No primeiro ano nosso time de voley era legalzinho. Ganhamos quase todas as partidas, inclusive o time das universitárias. Mas no segundo ano o nosso time era muito ruinzinho, vivíamos perdendo. Numa das partidas eu estava péssima, caindo toda hora para trás. Soube que o prof. Escobar comentou que moça bonita não sabia jogar. Não sei se isso foi um elogio ou uma crítica. Por outro lado, alguns mui amigos disseram que foi o bumbum que pesou muito.
"Criei" um jornalzinho mural e colei na parede do dormitório das patiobas. O que era pra ser divertido deu a maior zebra! Fiz uma brincadeira de mal-gosto com uma colega. Falei de um assunto que não sabia que era problema para ela e ela ficou muito sentida. Embora continuasse falando comigo, sei que nunca me desculpou pois sempre que podia alfinetava.
ResponderExcluirSuely diz...
ResponderExcluirÉpoca. Como já abordei, os inícios dos anos 60 ainda vinha impregnado de lirismo. Os cabelos bem comportados, tanto de rapazes como das moças. Estas ainda usavam saias rodadas com anáguas engomadas, às vezes mais de uma. Os rapazes de camisa de botão com a manda curta dobradinha na ponta.
Nos anos 60 ao comprimento das saias começou a subir até acima do joelho. As sandálias "havaianas" e as calças desbotadas já eram top, no inícios da década.
Copacabana ditava a moda.Cabelos lisos para as meninas, topetes nas cabeças dos rapazes. Lambreta. Jovens que faziam a "juventude transviada". O samba-canção ainda tinha uma aceitação forte.
Musicas que falavam dos nossos tempos:
ResponderExcluir"Brotinho bossa-nova
fina flor do sindicato
do cachorro quente da lambreta e do boato
Cabelo no ombro
na pinta um assombro
porem não me engana
Com todo seu it é a falsa Brigitte
de Copacabana
Diz que é fã de aventura e
que é louca por carinho
"mora" na literatura
das histórias em quadrinho
Do Rio quando ela sai
é para estudar na Suiça
Ou pra se casar no Uruguai
(E quem manda é o papai)"
Obs.: Mora = entende
Havia uma música também que dizia:
ResponderExcluir"Cabelo liso como eu nunca vi
Blusa listrada sobre a calça "lee"
ur ar snob de quem nada quer
lá vai ela e pensa que é mulher"
Esta é bem típica de 1961. Lembro-me que quase todos usávamos as blusas listradas na horizontal. Eram listras largas.
Suely diz...
ResponderExcluirEu morava na pacata Santa Teresa, onde soube que os irmãos Luiz Antonio e José Adolfo (T. agro/62) passaram a infância.
Saul Barata(T.62) e Alberto, o Bacalhau (T.64) frequentavam minha casa. Um dia Barata aparece por lá de lambreta e convidou-me para dar uma volta. Descemos as ladeiras de Santa Teresa rumo a Copacabana. Lá, o meu susto. Era uma lanchonete que devia ser point da garotada. Talvez um Bob´s ou uma sorveteria - muitas moças e muitos rapazes e eu ali, que nem um ET. Tomamos o tal do sorvete e rumamos de volta a Santa.
Suely diz...
ResponderExcluirHoje - 19.03.09, almocei com Cacilda.
Ela lembrou-se que se sentou sobre um espelho meu e quebrou-o e que eu fiquei muito brava dizendo que queria outro.
Como Cacilda, Maria Amélia e Zilda (EMERD 61) moravam nas proximidade da U.R. não dormiam nos alojamentos. Mas no segundo ano Cacilda passou a dormir algumas vezes por semana.
Daí que ela trouxe sua boneca de estimação, a Inês. A turma pegou a boneca que Cacilda tratava com o maior zelo e colocou um falso absorvente higiênico na boneca com uma bilhete ao lado onde dizia: Mamãe, fiquei mocinha.
Cacilda ficou aborrecida e triste.
Cacilda, nesta eu não estava
Corrigindo: 29.03.2009
ResponderExcluirSuely transmite informações de Julio Ramirez:
ResponderExcluirClaudete não lembra os nomes por completo, mas, Marlene que foi da mesma turma deve lembrar, apenas se lembra dos primeiros nomes: Gerusa(casou com o peruano Jorge Luiz "Bichito"),Marlene, Marly(irmã do Capa Gato "Macae"),Esther, Helena,Cosete(irmã da esposa do Durón),Semirames,Vera(namoró um peruano victor), Negrita e irmã Roseli,Terezinha, Leia(prima de marlene), 2 irmãs japonesas, etc.
A esposa do Durón, eu a chamava de CLEIA, foi da turma da Gerusa(morena), Niulza e Mery(morava em Campo Grande e foi casada com o Boliviano Ecos Bequer Gonzales), as 4 sempre estavan juntas, me lembro por que eram minhas amigas e dei muitas serenatas.
julio lizarraga ramirez
Suely diz...
ResponderExcluirHoje bati longo papo ao telefone com Maria Neusa de Oliveira Miranda que foi diretora da EMERD.
Contou-me um pouco da história das patiobas.
Existia, nos anos 40/50 a escola da Fazenda Patioba. O curso similar de Laranjeiras foi transferido para a fazenda Patioba. Entretanto as meninas, vindas do Rio, não se adaptaram ao regime de Mademoiselle Marceau e, ajudada por universitários, fugiram de caminhão para o alojamento feminino da U.R. e recusaram-sa a voltar contrariando a ordem do Reitor Ilton Salles. Porém o Dr Waldemar Hacche, cargo superior ao do Reitor à época, simpatisou-se com a causa das meninas e transferiu o curso de Laranjeiras para a U.R. ao invés de agregá-lo ao da Fazenda Patioba.
(Os nomes podem não estar perfeitamente corretos pois posso ter entendi mal ao telefone)
PEDRO MATTOS LEMBRA:
ResponderExcluirSUELY. COM O INTUÍTO DE AJUDAR E NÃO DE SER CHATO O ILTON SALLES ERA O JOSÉ HILTON SALLES DA FONSECA (PROF. DE DESCRITIVA) E O WALDEMAR ERA O RAITHE DIRETOR DO CNEPA (CENTRO NACIONAL DE ENSINO E PESQUISAS AGROPECUÁRIAS DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA A QUEM PERTENCIA A UNIVERSIDADE RURAL (SAUDOSA UR OU KM.47)
Me chamo Gil e fui colega do pedro Matos. Nos formamos em veterinária em 1967. Nossa turma de reúne até hoje em vários locais do Brasil. Saudades da UR E DOS COLEGAS e das amigas patiobas.
ExcluirNo dia 20 de agosto de 1946 foi assinado decreto 38.042 que continha a Lei Orgânica do Ensino Agrícola, correspondente ao segundo grau ,que criou cursos:
ResponderExcluirMagistério de Economia Rural DomésticaDidática do Ensino Agrícola
Adminsitração de Ensino Agrícola.
Em 1963, com a aprovação do Estatuto da U.R.B., foi criada a Escola de Educação Familiar com o nome de Curso de Licenciatura em Economia Doméstica que, em função de recomendação do MEC em 1975, teve a nomenclatura alterada para Licenciatura em Economia Doméstica.
Em 1992 foi criado também o Bacharelado
Atualmente os Cursos de Economia Doméstica complementam-se em Licenciatura e Bacharelado com vasto campo de atuação no mercado de trabalho.
Recebido de Luiz R. Freire:
ResponderExcluir"Atendendo ao pedido da Suely, segue a paródia da Patioba Rebelde, feita por ocasião da transferência das patiobinhas (Cted)do alojamento feminino (hoje F-1)para a sede da Fazenda Patioba, no km 44,5. Isto ocorreu em 1966 e o Reitor era o Professor Paulo Dacorso Filho, que conseguiu contornar a grande resistência e descontentamento das alunas. Em uma das ocasiões em que o Reitor se reuniu na Patioba para ouvir as demandas das inconformadas transferidas, ele decidiu comprar - com seu próprio dinheiro, conforme relataram na época as patiobinhas - uma televisão para amenizar as queixas
A paródia tinha como música o tema do filme Noviça Rebelde e está reproduzida a seguir:
Dó - É a dor da Patioba
Ré - Reitor mandou prá cá
Minha escola é uma droga
Faz a gente enlouquecer
Só, não posso mais ficar
Lá, sem luz 'inda é pior
Si assim continuar,
Eu vou ter que me mandar!
Dó Ré Mi Fa Sol La Si Dó
(repetia-se a música, ad nauseaum)
Luiz Freire - Cara-de-Cavalo (ENA 67)"
Alguns fins-de-semana lá íamos eu e outras colegas de turma para Barra do Piraí para a casa de Heloísa (e da Elba também). (EMERD 61)
ResponderExcluirVou contar um fato que Heloísa nos contava rindo muito e, tenho certeza, não se zangará com a divulgação.
Helô morava no Pátio da Estação, nome do bairro cujas casas ficavam próximas à linha férrea. Atrás da casa passa um rio, se não me engano o Paraíba.
Pois bem, certa vez choveu tanto que o rio encheu e alagou a casa de Helo e as da vizinhança.
Provisoriamente tiveram que morar em um vagão de trem. Horrível, não? Só que Helô, alto astral, contava que durante a noite o vagão era empurrado para desocuçar a linha. Pela manhã, ao acordarem, olhavam para fora e muitas vezes não sabiam onde estavam. Era necessário esperar que o vagão voltasse para o ponto de partida.
Helô contava com muita graça e nos fazia rir.
Criei um jornal mural com colagens de revistas e textos de brincadeiras com as colegas. Porém fui, inconcientemente, muito infeliz em uma brincadeira com a Tina (Maria Clementina). Ela ficou muito chateada e Maria Neuza (diretora) deu uma bronca geral. Nunca consegui redimir-me do fato.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEstudei na Patioba no ano de 1967.Meu nome é Simone e sou do Ceara.Gostaria de encontrar algumas colegas de turma.Lacia Menezes,Dina Andrade,Norma Kawfman,Maria do Rosario Gava,Mercedes Sabadini e outras que convivi naquele ano maravilhoso.Obrigada
ResponderExcluirSimone, boas vindas ao blog! Deixe seu email para que eu o encaminhe a Conceição Rosa, de sua época. Grande abraço.
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