terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Chegada à Rural

Conheci a U.R. poucos dias antes de lá chegar para prestar vestibular para a Escola de Magistério de Economia Rural Doméstica. Ver aquele colosso que é o Predio I, deixou-me maravilhada. Meu objetivo era concluir o curso, que correspondia ao segundo grau, à época, e trabalhar com Extensão Rural. Tudo era tão lindo. Nossos quartos eram umas gracinhas, com colchas iguais em todas as camas. O restaurante. Ah! O restaurante! Aulas em anfiteatros. Demais.
Comecei um ciclo novo em minha vida, época em que era feliz e sabia.

13 comentários:

  1. Conheci a Rural nos anos 50, quando, ainda cursando o ginásio, ia passear lá com minha familia. O almoço era no Belvedere.
    Foi paixão à primeira vista, e estudar lá foi por si só uma realização de vida. Eu era tão fissurado no lugar que raramente ia ao Rio visitar a familia, sempre que podia, ficava por lá mesmo nos fins de semana.
    Até hoje, meio século depois, mantenho os amigos que lá fiz, e espero que eles apareçam por aqui para ajudar a contar a nossa História.
    Mendel

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  2. Estou adorando, acho que você achou o melhor formato pra contar essas maravilhosas histórias.

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  3. Suely diz...

    No Prédio 1 funcionavam os Correios, a Mesa Telefônica, a Igreja Católica, um Bar ao pé da escada, o Cinema, os Anfiteatros, as Salas de Aula, a cantina enfim.

    Era um horror falar ao telefone que era de manivela e a telefonista fazia a ligação que podia demorar horas ou o dia inteiro.
    Na Igreja tinha missa aos domingos.
    E aquele lago!

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  4. Suely diz...
    A secretaria da EMERD estava instalada no andar térreo do alojamento feminino. Tínhamos algumas aulas ali, outras no P.I e outras ao ar livre, como Atividades Agrícolas.
    Ali, no andar térreo, com entrada independente, os diretórios acadêmicos dos universitários.
    No segundo andar funcionava o alojamento feminino das universitárias e no terceiro, o alojamento das "patiobas".

    Usávamos uniforme (saia azul e blusa branca).
    Nossos passos eram controlados de perto por Bebem, nossa governanta.
    Sentar na grama era proibido.
    À noite não se podia sair do corredor que liga a sala de TV à lanchonete.
    Às 20,30h subíamos para o alojamento e às 22h as lâmpadas eram apagadas obrigatoriamento.
    Isso no início dos anos 60. Nos anos seguintes houve afrouxamento nas regras.

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  5. Suely conta...
    Estive ontem com Cleuza e Zaíra e Cleuza lembrou-nos de que quando chegou à Rural fui a primeira a recepcioná-la.

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  6. Me encantarìa tener la posibilidad de hacer comentarios...soy peruano de la turma 1960...eng.Agronomo

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  7. Estoy muy emocionado para estar presente en el ENCONTRAO....OJALA ALGUIEN DE MINHA TURMA ESCREVA...
    fernanguillermo@yahoo.com.br
    Peruano...Eng.Agronomo

    Meu nome Fernan Valer Carpio

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  8. Um anúncio equivocado proclamando um segundo vestibular na UR, em 1962, acelerou meu pedido de desligamento da Academia Militar das Agulhas Negras, a qual recém iniciara, egreeso do Colégio Militar do Rio de Janeiro. minha primeira visão dos gramados e da arquitetura do P1, para onde fui me inscrever, deixou-me deslumbrado (... o paraíso é aqui...). Já no P1, o grande golpe, não haveria um segundo vestibular para a Agronomia. Cert que ali estaria meu destino, retornei dois meses mais tarde, com a instalação do Colégio Universitário, pelo qual pude me integrar no ambiente do km 47. No meio do ano, instalaram o curso de revisão, e como já tinha o colegial completo, me transferi para o CR. No final daquele ano, já estava totalmente integrado à UR e enfrentei o vestibular com a serenidade e certeza de que lograria passar, o que aconteceu. Meus pais diziam que eu peerdera uma ano. Hoje eu digo que ganhei uma vida.

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  9. Quando estudei na U.R. havia somente dois cursos superiores: Agronomia e Veterinária.
    Todos os alunos moravam nos alojamentos (exceção aos raros cujas famílias moravam nas proximidades). Acho que não havia ainda o sistema de créditos. Por isso temos a turma de tal ano, a outra de tal ano, correspondendo ao ano de formatura.
    Seropédica era apenas um lugarejo.

    Com a multiplicação dos cursos e a implantação dos sistemas de créditos essa coisa de turma ficou superada. Talvez por isso o pessoal a partir 1970 tenha como referência o ano em que iniciou o curso.
    Os alunos já não cabiam mais nos alojamentos e as repúblicas foram-se formando.
    Seropédica cresceu.
    Os prédios, sem conservação, deterioraram-se.
    Outros foram construídos sem a preservação do estilo colonial.
    A grama ficou "careca" em alguns pontos devido a passagem de pedestres.
    Felizmente algumas recuperações pela nova administração: o lago, os painés da sala de estudos (nosso antigo restaurante) etc.

    A Rural mudou. Mas para cada um que lá estudou, em qualquer época, a Rural tem a sua importância, a sua história. A Rural mudou para nós, que de lá saímos. Mas ela é para cada um que chega e a encontra do jeito que está.
    A felicidade que se vive lá é o que se leva para a vida. E ela, a felilcidade, não muda.

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  10. Minhas colegas de turma Maria Amélia Curvello(Amelinha) e Conceição Maria Barreto de Andrade (Conça) eram muito graciosas e pareciam as "meninas do Alceu", cartunista que desenhava o perfil das jóvens da época em uma revista de grande circulação (O Cruzeiro?)

    Amelinha surgiu com uma novidade: pingar umas gotas de esmalte vermelho em um vidro cheio de esmalte branco e sacudir até que o tom do branco ficasse rosado.
    Daí surgia uma misturinha rosada. Essa misturinha deu origem ao esmalte que até hoje se apelida "misturinha".

    Amelinha, muito delicada, uma doçura, começou a aparecer para as aulas com um "tanque colegial".
    Quando chegamos as meninas ainda usavam uniforme; saia azul (não chegava a ser marinho), pregueada, e blusa branca. Nos pés, sapato preto e meias brancas.
    Pois Amelinha passou a usar o tal do tanque colegial, o terror das meninas, sem meias.
    E não é que ficava bonitinho, personalíssimo!
    Amelinha, apesar do sucesso profissional,de ter lecionado na Rural por três décadas, ainda é aquela menina doce do início dos anos 60.

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  11. Pois é, a Profª "Amelinha" lecionava paleontologia?

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  12. Suely diz: Sim,lecionava.

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